16 Jun 2015

O único remédio capaz de curar o ódio é o amor

O único remédio capaz de curar o ódio é o amor. Precisamos renunciar ao ódio, porque ele nos afasta de Deus e dos irmãos e nos deixa doentes física e espiritualmente!

“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mateus 5, 44).

Para os antigos [antes da vinda de Jesus], a Palavra de Deus tinha outra entonação: podia-se amar o próximo e odiar o inimigo. Quando Cristo nos diz que devemos amar mais ainda o nosso próximo e rezar por aqueles que nos perseguem, Ele nos ensina que o ódio não faz parte do coração daqueles que estão plenamente unidos ao coração de Deus.

Primeiro, porque o ódio é uma coisa maléfica, terrível, maldosa, cruel e desumana. Ninguém tem o direito de odiar ninguém, porque o ódio só produz mais ódio e só nos destrói por dentro. Permita-me falar com muita clareza ao seu coração: o ódio é um câncer dos mais terríveis e dos mais bravos a fazer mal à natureza humana. E não é só um câncer no sentido psicológico ou espiritual, o ódio provoca até mesmo o câncer físico quando ele é alimentado e fecundado dentro de nós.

O Senhor não nos quer padecendo deste mal, porque o ódio tira a nossa alegria de viver, nos enfraquece por dentro e atrai sobre nós muitas coisas negativas. Ao afirmar isso não é que Nosso Senhor queira defender a quem merece nosso ódio, mas sim que quer cuidar do nosso coração para que ele não seja levado por esse terrível sentimento da alma.

E uma vez que renunciamos ao ódio e ele não pode fazer parte da nossa vida e o único remédio capaz de curar o ódio é o amor, precisamos investir forte nele, inclusive, amando os nossos inimigos!

Deixe-me dizer: quando a Palavra de Deus diz que devemos amar os nossos inimigos não é que nós devamos conviver com eles nem que devamos ignorar a maldade que fizeram a nós. É o contrário disso: é reconhecer que eles nos fizeram mal e não merecem a nossa convivência, e que nós merecemos saúde e não ser ainda mais prejudicados por alguma maldade que eles tenham cometido contra nós. Por causa disso devemos os amar com o amor-caridade, com o amor-compaixão, não é aquele amor de andar “abraçadinho” como se nada tivesse acontecido, pois isso é fingimento e o fingimento faz muito mal.

Quem ama respeita e sabe compreender, mesmo muitas vezes não compreendendo, mas é o amor cristão, o amor caridade, que deve ser guiado pelo seguinte pensamento: “Se um dia você precisar de mim, pode ter certeza de que eu lhe estenderei a mão! E de que não vou desviar o olhar de você nem retirar minha mão como sinal de vingança. Vou lhe dar amor, atenção, cuidado e pode ter certeza de que não quero cultivar nenhum ressentimento de você para que o amor de Deus seja mais pleno em minha vida!“.

Por aqueles que não conseguimos amar de forma suficiente, porque nosso coração tem seus limites, devemos orar muito por eles para que sejam abençoados, cuidados e direcionados pelo amor divino!

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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