07 Mar 2017

O Pai nos ensina a perdoar

Toda oração tem que começar pelo clamor ao Pai, jogando-nos nas mãos d’Ele

Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras” (Mateus 6,7).

A primeira coisa que precisamos saber é que nós precisamos orar, porque quem não ora não permanece na presença de Deus. A oração é o nosso elo com o Senhor. Não podemos abrir mão da nossa oração. Talvez, a grande pergunta que façamos seja: “Então, como nós devemos orar?”.

Não podemos orar como os pagãos, achando que, ao colocarmos muitas palavras, às vezes aquela coisa bem rebuscada, inventando fórmulas para orar, Deus vai nos atender pela beleza da nossa oração. “Olha como ele reza bonito! Olha como ele têm palavras bonitas!”. Não, isso são apenas adereços humanos, e esses adereços, muitas vezes, não chegam na presença de Deus, é o que Jesus está nos dizendo hoje.

A primeira coisa para orar: simplicidade de coração. Seja simples, seja muito simples, seja você mesmo, apresente-se a Deus do jeito que você é, do jeito que está e jogue-se na presença d’Ele, fale aquilo que está dentro de você.

Além da simplicidade, que está misturada à pureza de coração, há a retidão naquilo que vamos fazer. Precisamos ser retos na forma de falar com Deus! E ser reto é não esconder, é não parecer que somos santos sem sermos santos, é não parecer justo sendo que não somos justos.

Se estamos vivendo algumas situações, coloquemos para Deus aquelas que vivemos e somos, nossa vida tem de ser concreta. Concreto é aquilo que vivemos ou a situação em que estamos, a oração que parte da vida, que parte realmente do nosso coração.

Na nossa oração, nunca pode faltar fé, porque ela é o combustível da vida e da nossa relação com Deus. Se não temos fé, peçamos ao Senhor: “Senhor, dai-me fé!”. Na nossa oração, não nos dirijamos a nós mesmos, mas a Deus! Toda oração tem de começar com o clamor ao Pai, jogando-nos nas mãos d’Ele, dirigindo-nós a Ele. A oração é um estabelecimento de relação, somos filhos e Ele é nosso Pai, por isso voltamo-nos a Ele para dirigir a súplica do nosso coração.

Se voltarmos para o Pai, é para reconhecermos que somos humildes, que pecamos, falhamos e pedimos perdão, que precisamos pedir perdão.

Digo uma coisa a você: o Pai nunca vai deixar de nos perdoar, Ele apenas coloca uma condição, que do mesmo jeito que Ele nos perdoa precisamos perdoar uns aos outros. E qual é o jeito que Ele nos perdoa? Não é pouco, não! É muito! É de forma intensa, verdadeira e real, assim como Ele nos perdoa.

Esse é o problema da oração dos fariseus, dos doutores da Lei, porque rezavam com muitas palavras, mas saíam da oração e continuavam emburrados, com raiva uns dos outros, continuavam fechados; e se não gostavam de alguém, continuam sem falar com ele.

Essas orações são muito hipócritas, porque rezamos para Deus nos perdoar, mas continuamos fechando o nosso coração, esquivando-nos da força do perdão e, por isso, muitas vezes, a nossa oração não é frutuosa.

“Se não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que cometestes.”

Não passemos despercebidos à necessidade que temos de perdão de Deus e perdoemos quem nos ofendeu. Assim, nossa oração será frutuosa!

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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