08 Nov 2017

Precisamos carregar nossa cruz a cada dia

Quando vamos ao encontro de Jesus, tomamos consciência da cruz que temos de carregar a cada dia

“Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14,27).

Estando diante de uma multidão que seguia Jesus, Ele dizia às pessoas que, para ser discípulo d’Ele, para segui-Lo de verdade, não era fácil. É preciso empenho para ir atrás de Cristo. Eu não tenho dúvidas de que todos nós queremos ser discípulos do Senhor, queremos fazer parte da Sua escola e estar em Sua companhia. E o Mestre não só nos chama, mas nos aponta as condições para que este seguimento aconteça, para que façamos parte da Sua escola. As primeiras coisas necessárias são o desprendimento e o desapego.

É bom lembrar que desprendimento e desapego não querem dizer falta de amor; pelo contrário, querem dizer amar os nossos com amor evangélico, na medida certa, porque o apego, em demasia, a qualquer coisa ou pessoa, faz de nós pessoas descontroladas, emocional e espiritualmente; e não conseguimos amar a Deus como precisamos.

Quem quer segui-Lo precisa, primeiro, ser uma pessoa desapegada, que ama muito os seus, mas que sabe viver o desapego.

A segunda opção para seguir Jesus é carregar a cruz de cada dia. Segui-Lo não é procurar ter facilidades, uma vida sem problemas e dificuldades, não é deixar de lado os compromissos e as responsabilidades: “Agora eu sou só de Jesus. Agora eu vou só rezar”. Não é isso! Nem mesmo nossos irmãos monges vivem assim. Vivem no mosteiro dedicados à oração, com exclusividade, mas carregando a cruz de cada dia, a cruz da vida fraterna, da convivência humana, a aceitação da própria natureza, das doenças e enfermidades.

Seguir Jesus é carregar a cruz aqui, acolá, no mundo, na escola, no trabalho, na faculdade, nos seminários, numa comunidade, seja onde for. Não podemos seguir Jesus para correr da cruz. Quando vamos ao encontro d’Ele, tomamos consciência da cruz que temos de carregar a cada dia.

A terceira coisa é sermos prudentes. A prudência é muito necessária, porque, por falta dela, muitos cometem decisões erradas em nome de Cristo. “Em nome de Jesus, vou fazer isso. Vou fazer só aquilo”. Temos de calcular, pensar, colocar as coisas na ponta do lápis e discernir: “Isso é mesmo de Deus, é a minha vontade ou inspiração humana? Isso é mesmo de Deus ou eu que estou seguindo as modas do momento, as inspirações que alguns trazem da própria carne?”.

Sem discernimento, sem prudência, podemos querer muito acertar, fazendo a vontade de Deus, mas vamos “quebrar a cara” e, muitas vezes,  fazer aquilo que não é a vontade d’Ele, mas imaginávamos ser.

Deus abençoe você!

 

 

Pai das Misericórdias

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