10 May 2011

O Pão que dá vida e amor em plenitude

No texto de ontem, João terminava com a resposta de Jesus: “Deus quer que vocês creiam n’Aquele que Ele enviou!” Apesar do milagre da multiplicação dos pães e de tantos outros sinais, ainda assim o povo O interroga: Que milagre o Senhor vai fazer, para que possamos ver e crer em Ti? O que é que o Senhor pode fazer? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto, como dizem as Sagradas Escrituras: “Do céu ele deu pão para eles comerem.” Diante desta atitude chegamos à conclusão de que, mesmo pedindo a Jesus pão do Céu, a multidão não desejava mais que pão terreno para esta vida e para a fome daqui.

Essa não seria, muitas vezes, também a nossa atitude diante de Jesus? Quando vamos à Santa Missa, quando rezamos em nosso grupo de oração, em casa, na Adoração ao Santíssimo, no Terço, o que pedimos a Deus por intermédio de Jesus? Pão do céu ou terreno?

Quando o Senhor nos chama a fazer qualquer coisa de grande novidade, nasce sempre em nós alguma resistência, desviando nossa atenção para não assumirmos o risco que isso implica. E então resmungamos, reclamamos e pedimos que Ele dê provas da Sua ação em nossa vida: Que milagre vai fazer para a gente ver e crer no Senhor? O que o Senhor pode fazer?

Mas Jesus não se assusta diante disso. Ele nos conduz pacientemente a colher e a gostar da beleza e do “pouco” que Ele sempre nos oferece. É como se dissesse: “É verdade que Moisés recebeu grandes dons, mas aquilo que o Pai vos quer dar agora, em Mim, é infinitamente maior. Trata-se do pão que Deus dá. Do pão que desce do Céu e dá vida ao mundo”.

Jesus revela em nós o desejo interior de recebermos o Seu dom, ainda que não compreendamos o fim e a profundidade do seu conteúdo e das suas implicações. É o que acontece na Eucaristia: se nos aproximamos dela para nosso alimento, não é porque a compreendamos totalmente, mas só porque o Senhor nos fez descobrir que, nela, Ele nos dá o Seu amor.

Ele próprio diz: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. E o pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo.

Meu irmão, minha irmã, apesar da minha e da sua vida estarem sujeita a tantas fomes e misérias, apesar de muita gente não querer ouvir falar de uma vida melhor além desta, eu te convido a pedir ao Senhor não o pão deste mundo, mas o pão que desceu do Céu e, sobretudo, a dizer como o salmista: “Em vossas mãos, Senhor, entrego a minha vida” aqui, em troca desta.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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