05 Nov 2009

A OVELHA E A DRACMA PERDIDA Lc 15,1-10

Ao proferir a parábola da ovelha perdida, Jesus diz para os seus ouvintes que um pastor ao contar o seu rebanho ainda no deserto, verificou que estava faltando uma ovelha de suas cem ovelhas. O homem tinha cem ovelhas, mas acabando de contar-lhes tinha somente noventa e nove. Ele não tinha mais uma centena de ovelhas porque lhe faltava uma. Aquele homem se orgulhava de sua centena de ovelhas. Ele tinha intimidade com o seu rebanho. Ele o conhecia. Tinha o cuidado de contá-las sempre que as remanejava para se certificar que suas cem ovelhas estavam presentes. Mas, quando verificou que lhe faltava uma, ficou desesperado e ansiosamente saindo depressa foi em busca daquela que se havia perdido. Jesus diz que ele a achou e colocando-a sobre os seus ombros se encheu de júbilo, de alegria e de regozijo, porque a sua ovelha que estava perdida foi achada. Ao chegar em casa, este homem faz uma festa, convidando seus amigos e vizinhos para juntos se alegrarem, porque a sua ovelha foi achada. Ele tinha noventa e nove ovelhas e faltava somente uma. Uma ovelha não devia significar tanto para o fazendeiro porque ele tinha ainda as noventa e nove. Mas, não era assim que ele pensava. Ele pensava que o seu rebanho só estaria completo com as cem ovelhas. Ela era importante para ele porque completava o seu rebanho e dava-lhe prazer e regozijo possuir uma centena de ovelhas. As noventa e nove ovelhas não eram motivo de festa e regozijo naquele momento, mas a ovelha que estava perdida e foi achada. Essa sim, era motivo de grande alegria.

Jesus mostra então, que haverá grande regozijo no céu por um só pecador que se arrepende, de que para noventa e nove que não necessitem de arrependimento. Os noventa e nove já pertencem a Deus. Já fazem parte do seu gozo eterno. Mas aquela alma que está perdida e se arrepende, entregando-se a Deus, é motivo de muito gozo e alegria. Assim, como um fazendeiro se alegra ao encontrar uma ovelha que se perdeu do rebanho, Deus, o Pai Eterno, se alegra e se regozija ao encontrar um pecador perdido que se arrepende. Isto quer dizer que publicanos, pecadores e prostitutas, carecem da misericórdia e do amor de Deus.

Este era o propósito que levava Jesus a amar estas pessoas e admitir a presença delas no seu círculo de amizades e discipulado. Os fariseus e os escribas não entendiam este propósito de Jesus, por isso murmuravam. Eles não necessitavam de Jesus, nem de serem buscados, porque não se arrependiam de seus delitos e pecados, a cegueira os envolvia, deixando-os sem o discernimento de que Jesus era o Filho de Deus. E como tal, estava em busca dos que precisavam de Deus e não dos que se julgavam justificados pela Lei que tão somente Jesus conseguiu cumprir. O que levava fariseus e escribas a seguir Jesus, não era matar a sede de conhecer a Deus, mas de pegar Jesus em alguma falha para acusarem-no segundo os seus conceitos religiosos. Já os publicanos, pecadores e prostitutas seguiam a Jesus porque tinham sede de conhecer a Deus e seguir os seus ensinos.

A parábola da dracma perdida segue o mesmo raciocínio. Qual a mulher que tendo dez dracmas, perdendo uma, não varre a casa toda até encontrá-la e encontrando-a, não chama as suas vizinhas e amigas para se regozijarem com ela, porque tinha perdido uma dracma e a achou. O dracma era uma moeda grega de prata (Mateus 26:15). Quatro dracmas formavam um tetradracma. O dracma é equivalente ao denário que era uma moeda romana. Isso é tudo o que sabemos à respeito dessa moeda. Mas, não há dúvida que era valiosíssima, se assim não o fosse, aquela mulher não chamaria as vizinhas e amigas para se regozijar de alegria por tê-la achado. Da mesma forma, a grande alegria nos céus quando um pecador se arrepende e é achado por Deus. Porque as 9 moedas nas mãos daquela mulher eram importantes, valiam muito e estavam presentes e seguras, mas no momento em que ela sentiu falta da décima, esta sim, passou a ser a mais importante e com sede foi buscada por toda a casa até ser achada. Agora, a mulher estava feliz por haver recomposto novamente as suas finanças de dez dracmas. Toda vez que o céu é recomposto, com pecadores remidos que estavam perdidos e são achados, há festa, regozijo e Deus é glorificado. Sempre que alguém reconhece que é pecador e se reconcilia com Deus por intermédio de Jesus, há festa no céu.

Os fariseus e os escribas não entendiam nada do Amor de Deus e de sua Salvação em Cristo, motivo pelo qual Jesus proferiu estas parábolas para que eles entendessem que a alma do pecador é importante para Deus. Em Lucas 19:10, Jesus confirma o que as parábolas já tinham expressado: “Porque o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.

Pai das Misericórdias

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