13 May 2010

A alegria do Espírito*

O tempo da Igreja é, pois, o tempo do Espírito Santo. Se ontem O vimos como o Espírito da verdade, hoje O conhecemos como o Espírito da alegria profunda dos crentes. A Ressurreição de Cristo fundamenta a alegre esperança da nossa [ressurreição]. E ainda que seja certo que a fé pascal não é um calmante que suprima a dureza da vida nem a limitação da morte, nem as pegadas desta, manifestas no penoso caminhar dos humanos, também é constatável que aquele que acredita e espera em Cristo mantém um modo de ver distinto diante das realidades negativas da existência.

Tudo isso porque o Espírito do Senhor ressuscitado vive em nós, animando a esperança e a alegria, ajudando-nos a entender de forma cristã a mensagem positiva que, paradoxalmente, se encerra em termos como cruz e morte, ensinando-nos abertamente que a última palavra não a tem o mal, mas o bem; não a morte, mas a vida.

Porque Cristo vive, temos vida também nós pelo Seu Espírito. Por isso podemos repetir com o salmista:  “Não hei de morrer, eu viverei para contar as façanhas do Senhor”. E com São Paulo: “Se a nossa vida está unida a Cristo numa morte como a sua, estará também unida numa ressurreição como a sua”. Assim estaremos prontos para dar razão da nossa fé e esperança a todos os que nos pedirem. Esplêndida formulação da prática cristã que sabe conjugar a fé, a esperança e o testemunho da alegria no caminhar diário.

Hoje temos de nos examinar sobre a imagem cristã que passamos aos demais. Num mundo sem Espírito, sabemos testemunhar o gozo d’Ele [Espírito Santo] e dar razão da nossa esperança? Com o nosso exemplo de alegria, paz e amor fraterno temos de tornar credível a palavra bíblica: “Os que se deixam levar pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Recebeste não um espírito de escravidão para recair no temor, mas um Espírito de filhos adotivos que nos faz chamar: Abba – papaizinho!”

“Não temais”, dizia Jesus aos discípulos na Sua despedida; “Eu venci o mundo”. Mas necessitaram que o Espírito os recordasse para que pudessem entender. Também nós.

Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova

*Cf. B, CABALLERO. A Palavra de cada dia. p. 243-244. Paulus: 2000.

Pai das Misericórdias

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