06 May 2011

O Pão que alimenta a nossa alma

Nosso Senhor sabe que o caminho é longo, sabe que somos fracos. É o que vemos no Evangelho de hoje: Jesus tem compaixão daquele povo que já estava cansado e com fome. Assim, não querendo despedi-los nesse estado, o Senhor realiza o portentoso milagre da multiplicação dos pães.

O que vinha a ser esse milagre de Nosso Senhor? Uma figura da multiplicação de um pão muito mais excelente: vendo nossa fraqueza espiritual, Jesus, por amor, quer multiplicar um pão para alimentar nossa alma na caminhada para o céu: Ele mesmo na Santíssima Eucaristia!

Na Exortação Apostólica Sacramentum Charitatis o Santo Padre Bento XVI descreve a Santíssima Eucaristia como doação que Jesus Cristo faz de Si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. Neste sacramento admirável, manifesta-se o amor “maior”: o amor que leva a “dar a vida pelos amigos” (cf. Jo 15,13).

De fato, Jesus “amou-os até ao fim” (cf. Jo 13,1). Com estas palavras, o evangelista introduz o gesto de infinita humildade que Ele realizou: na vigília da Sua Morte por nós na cruz, pôs uma toalha à cintura e lavou os pés dos Seus discípulos. Do mesmo modo, no Sacramento Eucarístico, Cristo continua a amar-nos “até ao fim”, até ao dom do Seu Corpo e do Seu Sangue. Que enlevo se deve ter apoderado do coração dos discípulos à vista dos gestos e palavras do Senhor diante da multiplicação dos pães, prefigurando, deste modo, a Ceia Pascal!

Que maravilha este gesto da multiplicação! Ele deve suscitar, também no nosso coração, o mistério Eucarístico. Pois, quando Jesus age, as pessoas ficam satisfeitas. Observe as expressões: “o quanto queriam” […] “já estavam fartos”. Quando Jesus age, há fartura: sobraram doze cestos.

Os Doze Apóstolos representavam a mim, a você e a todo o povo de Deus como comunidade do Espírito. O milagre pode ser contínuo se acolhemos a Palavra e o gesto de Jesus. Lembro que quando o Senhor age, a Sua glória se manifesta. Os sinais têm como objetivo principal levar as pessoas à fé em Jesus e à Salvação.

Portanto, como mendigo do “pão do céu” corra para Jesus, o pão da Vida! E tendo encontrado a Ele, partilhe agora com seus irmãos tão sedentos da vida quanto você. Não esconda os talentos que Deus lhe deu.

Veja que Jesus estando presente faz a diferença, convida Seus discípulos a participarem do milagre. Primeiro, pela generosidade do garoto que havia trazido os pães e os dois peixes. Depois pela distribuição. Os discípulos são convidados a levar um pedaço de pão e peixe a toda aquela multidão. Como disse, Jesus tem poder para agir e estava decidido a alimentar aquela multidão faminta. Mas Ele quis contar com a cooperação dos Seus discípulos. Os discípulos de Jesus, hoje, somos eu e você. Ele, – assim como ontem – conta com a sua colaboração, sua ajuda e seu serviço.

É verdade que os talentos humanos têm os seus limites, mas para Jesus tudo é possível. Diante da presença e da autoridade de Cristo, os discípulos agora não argumentam nem discutem, mas obedecem! Perguntemo-nos: Será que nós, hoje, estamos com Jesus naquilo que Ele quer fazer usando nossos talentos?

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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