27 Sep 2010

Servir e aceitar o outro

Uma das realidades mais sérias que trazemos em nós, fruto do pecado original, é a mania de grandeza e a sede pelo poder. Como, dentro de nós, grita uma grande vontade de querermos ser os maiores diante dos outros!

Jesus – muito bem dito isso pelo apóstolo Paulo aos Filipenses – mostrou o itinerário de como chegar a sermos grandes, ou seja, o Senhor não se apegou à Sua condição divina, mas assumiu a humanidade de todos nós e esvaziou-se, sendo obediente até a morte e morte de cruz. Este é o caminho.

Na Igreja de Jesus existe – caso contrário seria anarquia – a disciplina e a autoridade; para Cristo, e consequentemente para a Igreja, a autoridade significa serviço, doação da vida aos outros. O maior é aquele que serve, pois há mais alegria em dar do que em receber.

Hoje em dia, muitas pessoas se encontram cegas pelo poder, achando que o poder seja capaz de fazê-las felizes. Pura ilusão, pois a felicidade consiste em darmos a vida pelos outros, procurando sempre estar em último lugar, cedendo o melhor para o outro.

Uma pergunta muito séria é esta, e precisamos respondê-la: estou buscando a autoridade fora de mim, pois dentro do coração nada há pelo fato de eu não estar servindo? Ou minha vida, pela simples atitude de serviço, faz com que eu saboreie a autoridade?

Pelo batismo recebemos essa autoridade e temos de colocá-la a serviço; caso contrário, precisamos buscar fora a autoridade que está em nós e que, nós, a qualquer custo, se preciso for, destruímos o outro para chegar a nossos objetivos.

Uma outra coisa muito séria é quanto ao fato de aceitarmos quem pensa diferente de nós. João e Tiago se enfureceram com aqueles que estavam profetizando em nome de Jesus, mas não O seguiam. Somos, também, filhos do trovão; queremos que tudo esteja dentro do nosso monólogo; no qual pensamos que Deus vai fazer o que nós queremos e do jeito nosso.

João e Tiago queriam pôr fogo em tudo; na verdade, destruir e terminar sempre foi mais fácil nesta vida; para tudo. Difícil é virmos com novas ideias e projetos e delicadeza de pensamento. Destruir sempre foi mais fácil; difícil é vir com projetos claros.

Como é difícil conviver e amar aquelas pessoas que pensam diferente de nós, agem de forma diferente, comungam de ideias opostas às nossas! E, muitas vezes, em vez de fazermos dessas  diferenças oportunidades de aprendermos e crescermos com elas, nos afastamos  delas [pessoas que pensam diferente de nós] pelo preconceito e as rotulamos.

Que Deus Nosso Senhor nos dê a graça de nos colocarmos a serviço uns dos outros e de aceitarmos aquele que pensa, age e se porta diferente de nós.

Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova.

Pai das Misericórdias

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