20 Feb 2012

Pela humildade e confiança alcançamos as bênçãos necessárias

Na descida da montanha da Transfiguração, Jesus encontrou muita gente ao redor dos discípulos. Um pai estava desesperado, pois um espírito mudo tinha tomado conta de seu filho.

Com muitos detalhes, Marcos descreve a situação do menino possesso, a angústia do pai, a incapacidade dos discípulos e a reação de Jesus. O que mais nos chama à atenção são duas coisas: de um lado, a confusão e a impotência do povo e dos discípulos diante do fenômeno da possessão; do outro lado, o poder de Jesus e o poder da fé n’Ele diante do qual o demônio perde toda a sua influência.

O pai tinha pedido aos discípulos para expulsar o demônio do menino, mas eles não foram capazes disso. O Senhor ficou impaciente e disse: “Até quando vou aguentar esta geração sem fé? Tragam o menino aqui!”. E pergunta a respeito da doença do garoto. Pela resposta do genitor Cristo fica sabendo que o filho desse homem “desde pequeno” tinha uma doença grave que o colocava em perigo de vida. O pai pede: “Se o Senhor puder fazer alguma coisa, tenha pena de nós!”. A frase do genitor expressa a situação bem real do povo. Ele estava com a fé abalada, sem condições de resolver seus problemas, mas tinha muito boa vontade de acertar. Não é esta a minha e a sua situação hoje?

Veja que o evangelista reúne várias passagens com os milagres de cura e libertação realizados pelo Mestre, como fruto da fé, tanto dos curados quanto dos que apresentavam os enfermos. É para você e para mim que Jesus se dirige: “Ó geração incrédula, acredite! Afaste-se as dúvidas e as trevas do seu coração”.

Marcos nos faz ver o contraste entre a fé do pai da criança e a pouca fé dos discípulos. Por isso, o Senhor lastima e, sobretudo, procura fortalecer os Seus discípulos e a multidão. Em contrapartida, é admirável a oração simples e confiante do pai, que se apresenta como homem de pouca fé, mas que pede para ser nela fortalecido. Só pela humildade e pela confiança – como aquelas que inspiraram a oração daquele pai aflito – alcançamos as bênçãos necessárias para a nossa fé.

Feito o trabalho, libertado o garoto, o pai feliz da vida, é a hora dos discípulos amuados perguntarem ao Mestre: “Como explicar o nosso fracasso? Por que não pudemos expulsar o demônio?” E Jesus responde de forma objetiva: “Esta espécie de demônios com nada se pode expulsar, a não ser com oração e jejum.”

Pode ser que você esteja torcendo o nariz: “Jejum e oração?! Que coisa mais arcaica!” Ora, o “chazinho dos tempos da vovó” pode ser um remédio “arcaico”, mas faz efeito ainda hoje! Os espíritos malignos do tempo de Jesus são os mesmos do nosso tempo, ainda que mais treinados e especializados. Tal como ontem, ainda hoje Cristo Ressuscitado continua realizando curas e libertações. Basta ter fé, confiança e esperança no nome e no poder de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, é urgente que – como o pai daquela criança – gritemos diante das diversas situações pelas quais passamos: “Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda!”


Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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