01 Mar 2015

O sofrimento vivido é semente de ressurreição

O sofrimento do povo de Deus, que caminha nos desertos da vida, o conduz rumo à ressurreição gloriosa do Senhor.

“Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles” (Marcos 9, 2).

 

Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, estamos hoje celebrando o segundo domingo da Quaresma e neste dia é Jesus quem nos conduz para o alto da montanha. Nós estamos nesta caminhada quaresmal e neste percurso nós precisamos nos recordar, ou melhor, não nos esquecermos para onde estamos indo.

Nós não podemos pensar ou nos equivocarmos achando que a Quaresma nos conduz para a Paixão de Cristo e que tudo termina ali, que tudo se resume ali, que o calvário é o destino final de Cristo, da humanidade e de todos nós. Isso não é verdade! O destino final de Cristo, o destino final de cada um de nós, o destino final do povo de Deus, que caminha nos desertos da vida, é ir rumo à ressurreição gloriosa do Senhor.

É verdade que para chegarmos à ressurreição gloriosa, para chegarmos à glória que nos espera, é preciso passarmos pelo calvário, pela purificação, pela renovação interior e pela morte dos desejos carnais que ardem dentro de nós.

Era preciso uma renovação espiritual para que os discípulos não desanimassem, não perdessem a convicção e a certeza da glória final. Por isso, no meio desse caminho, dessa jornada rumo a Jerusalém, Jesus os convida para que subam a um alto monte e se transfigura diante deles, a Sua face muda de figura, a figura humana de Jesus se torna agora uma figura gloriosa, esplêndida, revestida do fulgor da vida nova. Ele brilha como algo que os discípulos nunca haviam visto na vida, as vestes d’Ele se tornam tão resplandecentes que nenhuma lavadeira na Terra poderia conseguir deixá-las tão brancas, tão admiráveis, tão gostosas de ser contempladas pelos olhos.

Jesus, hoje, quer dizer a mim e a você que nossos sofrimentos, as nossas paixões e os nossos tormentos na vida não ficaram somente pregados na cruz. Não sofremos por sofrer, não passamos dificuldades por dificuldades. Não, tudo isso é semente de eternidade.

O que agora semeamos, entre lágrimas, vamos colher com alegria. E como é que cada um de nós pode viver a manifestação da glória do Cristo entre nós, a manifestação da glória do Senhor em nossa vida? A primeira coisa necessária para isso é irmos ao encontro d’Ele e subirmos o monte para nos encontrarmos com Ele. O monte que se chama Cristo. Nós somos convidados a ir ao Seu encontro com a ajuda da prática da oração para estar com Ele e saber que a nossa própria face será transformada e transfigurada quando subirmos ao monte para orar com o Senhor.

Deus deseja fazer brilhar os nossos olhos e a nossa vida quando nós nos deixamos iluminar pela via da oração.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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