02 Sep 2009

MUITOS FORAM CURADOS Lc 4,38-44

Lucas acentua o sofrimento da sogra de Simão Pedro e a autoridade de Jesus ao expulsar a febre; realça, assim, o caráter milagroso do evento. Jesus decide abandonar a Sinagoga. Por que razão não se diz. Mas, pelo que se pode entender, Ele quer transformar e fazer do ambiente familiar, simbolizado pela casa da sogra de Simão, no lugar de oração, de cura e libertação. De paz e justiça, de amor e partilha, de alegria e sucessos, de misericórdia e perdão. Faz do ambiente familiar o lugar de saúde e vida. Portanto a casa, o lar, a família, é o lugar privilegiado para se construir a nossa sociedade. Assim, numa sociedade como a nossa onde o conceito de família está “vazio”, Cristo chama o casal cristão a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas, não ditadas pela carne e o sangue, mas pela vida nova que Cristo confere pelo Batismo. Isto reduz o egoísmo, e faz com que cresça a caridade, dom do Espírito e se realize a Igreja doméstica.

Jesus toma conhecimento da doença que afeta os casais e aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre. Este gesto apela primeiro pelo zelo apostólico dele e por outra chama-me como pastor de alma a visitar, entrar e abeirar-me dos leitos de muitos homens e mulheres que estão doentes e deitados sem forças para levantar a cabeça, o corpo e servir os seus como deveriam fazer.

Veja que na casa a mulher, personificada na sogra de Simão, é valorizada na sua prática do serviço, que é a característica fundamental do Reino. Outro pormenor a considerar é que a cena narrada se passa num sábado, dia do culto na sinagoga. Neste dia todo trabalho cessava, e só era permitido caminhar-se uma curta distância. Ao pôr-do-sol termina o dia do sábado, começando o primeiro dia da semana. É a introdução do domingo, o dia por excelência para nós cristãos. O povo, liberado das restrições legais prefiguradas pelo sábado legal, que ao invés de salvar, condenava, de dar vida, matava, acorre a Jesus, que os cura, os liberta e salva. Esta deve ser a minha e a tua atitude, fazendo-te recordar o que falávamos ontem, nas culturas antigas, muitas doenças físicas e mentais eram atribuídas a um ser imaginário, o demônio. Jesus, porém, na sua prática, vai revelando que os males da humanidade resultam, principalmente, do poder opressor, da falta de carinho, amor, ternura, paz, justiça, reconciliação, diálogo, atenção e falta de Deus na comunidade-família que deveria ser construtora de vidas novas.

Neste trabalho é preciso que a comunidade saiba que ela está a serviço de Deus e não a busca de privilégios ou de poder (e isto serve também para os evangelizadores). Que a comunidade tenha as portas abertas para todos. O meu e o teu serviço é levar todos os enfermos, quer os da família de sangue quer não: todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou.

Me dirijo a você recordando que, como apóstolo, és enviado e ordenado para anunciar a Palavra de modo que trazendo todos os enfermos (quer corporais quer espirituais), eles possam ser curados e entendam Deus na Pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo, que acolhe, liberta, perdoa e anuncia a verdade do Reino: a Vida Eterna. Esta missão do Filho de Deus nos compromete e interpela a sermos o homem, a mulher que, acolhendo bons e maus, sejas a mão, a braço, a boca, o coração e a mente de Cristo, convertendo-te em discípulo e missionário do Mestre para que o mundo conheça a Verdade e conhecendo a Verdade possa salvar-se. Peçamos hoje a Deus o ardor missionário.

Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.

Pai das Misericórdias

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