29 Mar 2011

Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo

“Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” E Jesus responde: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes sete”. O Senhor compara o Reino do céu com um rei que vai acertar as contas com os empregados. Um dos servos devia tanto e não tinha como lhe pagar, por isso pede um prazo maior ao patrão, que teve compaixão e lhe perdoou a dívida. O empregado, porém, ao encontrar alguém lhe devia uma pequena quantia, agarrou e sufocou-o cobrando a dívida sem misericórdia, e não perdoou ao homem e mandou prendê-lo. Ao saber do acontecido, o patrão entrega o empregado aos torturadores.

Deus, em Sua infinita misericórdia, perdoa nossos pecados. E quanta dificuldade nós temos de perdoar um irmão, um amigo, marido, esposa, os pais, o irmão de caminhada, aquele colega de trabalho!? Às vezes damos tanta importância às ofensas, às magoas, que até adoecemos. Será que meus pecados, minhas ofensas a Deus, são menores que as ofensas que sofri do próximo? O Todo-poderoso nos perdoa sempre, nos livrando da condenação. E quantas vezes com nossas atitudes nós magoamos as pessoas com quem convivemos? Temos vontade de pedir-lhes  perdão, mas o orgulho e a falta de humildade não nos permitem ter esse ato; os mesmos motivos também não nos permitem perdoar. Devemos reconhecer que somos pecadores, que devemos perdoar, e para isso devemos ficar mais próximos de Deus, do Seu amor, e amar o próximo como Ele nos ama.

O nosso pedido de perdão a Deus deve ser diário, como perdoar também deve ser diário, quantas vezes forem necessárias. Ao decidir perdoar, devemos fazê-lo com coração e não ter mais ressentimento ou mágoa pelo ocorrido. Realmente isso não é fácil, existem situações as quais acreditamos não conseguir perdoar nunca, porque não as esqueceremos. A culpa, a mágoa, são sentimentos que nos paralisam, não conseguimos reagir acreditando que não temos perdão, que não conseguiremos perdoar, vivemos um verdadeiro conflito interno; muitas pessoas se tornam depressivas. Na oração do Pai-Nosso Jesus nos ensina: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” (Mt 6, 12), perdoar e ser perdoado nos aproxima de Deus. E assim como o Pai nos perdoa, nós também devemos ser misericordiosos, perdoando e esquecendo as ofensas e os males que nos fizeram. São essas atitudes que o Pai quer que tenhamos para ser por Ele perdoados e vivermos em harmonia, em paz no nosso dia a dia, praticando o perdão e a misericórdia.

Pai, é meu desejo imitar Teu modo de agir no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.

Padre Bantu Mendonça

Fonte: Blog do Padre Bantu

Pai das Misericórdias

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