31 Mar 2015

Deus nunca se cansa de nos perdoar

Deus hoje não quer condenar nossas fraquezas e traições, Ele quer que delas nos arrependamos e não as alimentemos em nosso coração.

“Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes” (João 13, 38).

 

Amados irmãos e irmãs, a liturgia desta terça-feira da Semana Santa coloca diante de nós nossa pobreza, nossa miséria e nossa fragilidade humana, representadas em duas figuras caras e próximas a Nosso Senhor Jesus Cristo.

O primeiro deles é Judas, aquele que traiu Jesus por causa da cobiça e do desejo desenfreado pelos bens materias. Afinal de contas, ele era o administrador, o tesoureiro do grupo, era aquele que cuidava dos poucos bens do grupo. Ele deixou a riqueza ofuscar o brilho da graça, iludi-lo e ludibriá-lo, por isso a cobiça cresceu em seu coração.

Não era a intenção de Judas negar ou trair Jesus, ele pensou ou fez os seus planos humanos acreditando que uma rebeldia seria necessária e que depois o Mestre poderia perdoá-lo. Judas não mediu as consequências de seus atos, foi totalmente inconsequente ao vender o Sangue precioso de Jesus por míseras trinta moedas de prata.

Trair Jesus é trairmos uns aos outros, é nos vendermos uns aos outros, é entregarmos o irmão a outros. Trair Jesus é nos deixar levar por nossos interesses, por nossa cobiça humana e por nosso desejo de sobressair e de estar bem diante dos outros sem medir as consequências disso. Muitas vezes, vamos entregar, trair e deixar alguém de lado. A palavra “traição” é muito dura, dói até o extremo da alma.

Hoje o coração misericordioso de Jesus quer se voltar a todos aqueles que têm esse sentimento de traição e, muitas vezes, nem percebem isso, traem a família, os filhos, o compromisso que um dia assumiram diante do altar, traem a amizade, a Igreja, os valores éticos e morais.

Toda e qualquer espécie de traição é dura, cruel, desumana e desnorteia os mais profundos dos valores da humanidade! Frequentemente, as traições começam com coisas pequenas: desejos, vontades. É preciso combatê-las para que não cresçam e não tomem corpo dentro de nós!

Do outro lado, Pedro também fraquejou, também traiu e negou o Senhor. Jesus profetizou aquilo que Lhe aconteceria devido à fraqueza do coração desse apóstolo [Pedro], aquele que era sempre tão enérgico, tão rápido ao responder e ao se colocar ao lado do Mestre, quando o “cinto apertou”, foi o primeiro a fugir. Contudo, Pedro não ficou apenas na sua traição e nos seus erros, ele soube ir adiante e superá-los.

Deus hoje não quer condenar nossas fraquezas e nossas traições, Ele quer que delas nos arrependamos, que não as alimentemos em nosso coração; que saibamos combatê-las e, acima de tudo, nos arrependamos delas. A Sua misericórdia nunca se cansará de nos perdoar sempre que desistirmos do mau caminho e tomarmos o caminho da verdade, da justiça e da paz!

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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