05 Oct 2014

Deus fala pela boca dos Seus enviados

Abra as portas do seu coração, abra as portas da sua casa, da sua vida para acolher aquilo e aqueles que Deus envia a você, a sua casa, a sua vida, envia a sua família.

Por isso, eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos” (Mateus 21, 43).

 

O longo Evangelho que escutamos neste domingo conta-nos justamente uma das tantas parábolas ou explicações que Jesus faz, de modo comparativo, para que os Seus contemporâneos possam compreender a Palavra de Deus e o sentido do Reino dos Céus. Aquilo que Jesus explica a eles é o que Ele deseja explicar também a nós, ainda que, muitas vezes, os termos e as expressões não sejam comuns à nossa linguagem atual.

Mas a verdade é que o proprietário, que plantou a vinha, cercou de cuidados, de carinho, de proteção, viaja para o estrangeiro – que representa o próprio Deus, representa o próprio Pai, Criador de todas as coisas, Criador do mundo –, que confiou aos homens cuidar da sua vinha, cuidar da sua plantação, que é a Terra, que o é mundo em que nós vivemos.

Assim como o proprietário mandou empregados para ver a situação em que se encontrava a sua vinha, o Pai também enviou os patriarcas, enviou os profetas, enviou homens e mulheres que vieram em Seu nome. Mas estes foram rejeitados, não foram acolhidos por aqueles que receberam a responsabilidade e a missão de cuidar e de administrar a vinha; cuidar e administrar a Terra.

Por último, o vinhateiro, que represente Deus Pai, então disse: “Vou enviar meu filho. O meu filho irão respeitar. Pois assim não terei mais quem mandar. Ao meu filho, com certeza, irão acolher”. Mas, vimos que o final foi muito mais trágico, porque o Filho eles mataram. Disseram: “Vamos logo matar o Herdeiro, e assim ficaremos com a herança para nós”.

Deixe-me dizer uma coisa a você: Deus envia tantas pessoas, tantos momentos, situações, lugares, para que possamos encontrar Sua Palavra e Sua vontade. Para que, na verdade, o Senhor mesmo possa encontrar esse terreno, que é o nosso coração, que Ele confiou aos nossos cuidados.

Nós temos três posturas diante de Deus e dos Seus enviados: podemos rejeitá-los, ignorá-los ou simplesmente desprezá-los. Podemos nos comportar com indiferença com eles, fingir que nem os estamos vendo e ouvindo – até damos atenção, mas não nos importamos com aqueles que são os enviados e as enviadas do Senhor. E por fim, podemos acolher, nos importar, podemos dar conta, podemos realmente nos entregar àquele que o Dono da vinha mandou: o Seu próprio Filho. É Jesus quem nos fala pela boca dos Seus enviados!

Deixe-me dizer uma coisa a você: não se comporte com indiferença nem com rejeição diante daquilo que Deus envia a você! Pelo contrário, abra as portas do seu coração, abra as portas da sua casa e da sua vida para acolher aquilo e aqueles que Deus envia a você, à sua casa, à sua vida e à sua família!

Não é Deus que não vem ao nosso encontro, somos nós que, muitas vezes, nos portamos com indiferença, com frieza ou rejeição quando Ele vem até nós. Ele vem pela Sua Palavra, vem pela boca de um homem, de mulher de Deus; Ele vem por intermédio de uma palavra simples, à qual nem damos importância ou valor muitas vezes. Ele vem pela sabedoria dos nossos pais; Ele vem a nós pela Igreja, pelos Seus enviados; Ele vem a nós pela Eucaristia.

Se nós rejeitamos o Senhor diante de tantos sinais claros da Sua presença entre nós, o nosso destino infelizmente não é estar no Seu Reino. Não é porque o Senhor nos rejeita ou nos rejeitou, somos nós que, muitas vezes, deixamos de acolher o Senhor quando Ele vem ao nosso encontro.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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