17 Feb 2017

A cruz é sinal de salvação, de redenção

Renunciar a si mesmo é a capacidade de ceder, de pensar mais amplo

“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.” (Mc 8,34)

Você quer ser discípulo de Jesus? Você quer realmente ser um seguidor de Cristo? Você pode ser um admirador de Jesus, pode ser alguém que tem um gosto pela pessoa de Jesus, mas ser discípulo d’Ele é exigente.

Para entrar na escola de Jesus, para aprender d’Ele, é preciso realmente saber das regras, das condições, senão não teremos a vida em Deus. “Por que eu não levo uma vida em Deus?”, porque para levar uma vida em Deus não é preciso estar tudo bem, maravilhoso, ter a vida sem problemas e dificuldades. Para ser discípulo de Jesus, primeiro, é preciso renunciar a si mesmo. Talvez essa seja a grande exigência, porque somos muito orgulhosos, soberbos, temos uma vida muito fechada em nós e queremos que o mundo gire ou funcione em função de nós.

Não gostamos de ser contrariados, mas, para sermos discípulos de Jesus, ou melhor, para sermos seres humanos completos, precisamos aprender a lidar com as contrariedades. As coisas nem sempre vão funcionar do nosso jeito ou como nós queremos. Porém, uma vez que não sabemos lidar com as contrariedades, irritamo-nos, ficamos chateados, reclamamos, murmuramos e perdemos o essencial, que é a paciência. Por que perdemos? Porque fomos mexidos no nosso ego.

Para sermos discípulos de Jesus, a primeira lição é aprendermos a ser contrariados, aprendermos a lidar com aquilo que nem sempre vai ser do nosso jeito, do nosso agrado ou como queremos. Só assim a paciência se forma em nós, as virtudes crescem. Se não aprendermos a ser assim, se queremos que o mundo gire em torno de nós, vamos simplesmente sofrer por sofrer, é um sofrimento que não nos faz crescer.

Pelo contrário, tornamo-nos uma pessoa mais amargurada, azeda, briguenta, e não nos tornamos pessoas melhores. Renunciar a si mesmo não é perder a identidade, não é  ser uma pessoa sem opinião própria, sem determinação. Renunciar a si mesmo é ser humilde, é ter a capacidade de ceder, de pensar mais amplo, de ver que as coisas não funcionam em função de nós, mas em função de algo muito maior.

O mundo deve girar em torno de Deus; e se o mundo tem tanta desordens, é porque cada um quer que o mundo gire em torno de si e não em torno de Deus. Depois toma a sua cruz, sua vida, toma tudo aquilo que faz parte da sua própria história, cada um precisa abraçar a si mesmo, abraçar a família que tem o seu trabalho com as dificuldades, com as situações que muitas vezes podem parecer penosas, complicadas.

Cruz não é sinônimo de algo muito pesaroso, de algo desastroso. Cruz é símbolo, é sinal de salvação, de redenção. Por isso, muitas vezes, temos que nos dar com doenças, enfermidades, situações complicadas, e achamos que Deus está longe de nós.

Ao contrário, se a nossa cruz pesa muito, pode ter certeza que é o Senhor quem nos alivia e nos ajuda a carregar nossa cruz de cada dia. Não jogue fora a sua cruz, abrace-a, porque ela nos salva e nos aproxima do Redentor e do Salvador da humanidade.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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