17 Mar 2010

Amor que cria vida*

O Evangelho de hoje está ligado com o de ontem. Nele Jesus responde aos que O criticam, porque, segundo eles, violara o sábado curando o paralítico na piscina de Betesda. E responde acrescentando um motivo mais de escândalo ao chamar a Deus de seu Pai e fazer-se igual a Deus: “Meu Pai trabalha sempre e eu também trabalho… O que faz o Pai, o Filho faz igualmente, pois o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz… Como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá a vida a quem quer”.

A obra fundamental de Nosso Senhor Jesus Cristo é revelar o amor que Deus tem ao homem e transmitir-lhe a vida divina, porque tem poder para isso. Esse amor de Deus cria vida, transforma e regenera; experimentá-lo é passar da morte à vida, presente e eterna.

Pois bem, a Palavra de Deus é Cristo Jesus, Seu Filho; revela-se a nós por Ele; comunica-se e  se dá a nós por meio do Filho. Mas para conseguir esse objetivo, Deus teve de usar uma linguagem que encontrasse eco na vida e experiência humanas. Por isso o Filho de Deus se fez homem, nos manifestou Deus como Pai, anunciou a Noa Nova de salvação e nas Suas parábolas falou da alegria do Reino, que é a felicidade do homem.

Tal como Israel no exílio, nos momentos difíceis da vida, interrogamo-nos,  muitas vezes, se Deus se recorda e se preocupa conosco. Então nossa fé é posta à prova. Recorrendo à oração, temos de acreditar mais firmemente que Deus não nos abandonou, mas que continua igualmente a nos amar. Nos momentos de crise só pode reabilitar-nos um encontro pessoal e suplicante com Deus, que é vida e amor e que os dá a quem se comunica com Ele.

A oração é tudo na nossa vida cristã, como o foi para Jesus: comunicação pessoal com Deus e experiência do Seu amor, que nos dignifica; abertura ao dom da salvação divina e consciência da nossa identidade cristã e condição filial; súplica, bênção e louvor da Sua glória; superação das crises de fé e de esperança; força e alento nas tarefas de cada dia; fecundidade do grão de trigo que morre para o egoísmo; amor solidário com os irmãos e com o mundo; compromisso com a vida, com a fraternidade, a justiça e a libertação humana; vivência e renovação da nossa aliança com Deus por meio do batismo.

Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova

*Cf. B, CABALLERO. A Palavra de cada dia. p. 143-144. Paulus: 2000.

Pai das Misericórdias

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