27 Feb 2008

A LEI DE MOISÉS Mt 5,17-19

Estamos diante de um texto que relaciona a Lei e os Profetas com o Reino dos Céus. Na primeira parte, vemos o cumprimento da Lei e dos Profetas na pessoa de Jesus Cristo.  Num tom severo, Jesus dirigindo-se aos Cristãos vindos do Judaísmo diz que n’ele toda a lei e os profetas encontram a perfeição.

E por outra, com num repetido contraste, Jesus abre o coração do seu discurso sobre a verdadeira justiça. O problema da justiça farisaica tinha sido levantado abertamente e agora este pernicioso sistema será destruído metodicamente pelas penetrantes e autoritárias observações do Senhor.

Não foi demasiada devoção à lei que provocou o devastador ataque de Jesus aos fariseus, mas sim a falsidade, e a pouca devoção. Com hipocrisia arrogante eles haviam produzido uma paródia vazia da lei de Deus. Jesus rejeita essa ilusão e a expõe tal como é à luz da verdadeira e imutável justiça de Deus.

A atitude de Jesus em face da lei deve ser descrita como negativa. Os publicanos e os pecadores precedem os escribas e fariseus no reino dos céus (Mt 21, 28-32), e os pecadores arrependidos são melhores do que os justos que não têm arrependimento (escribas e fariseus, Lc 15, 1-10).

As bem-aventuranças não contêm nenhum elogio à observância da lei. O reconhecimento por parte do Pai celeste depende da confissão de Jesus. Assim, Jesus declara-se o senhor do sábado. O publicano arrependido é perdoado, ao passo que o fariseu justo não o é. Aqueles que se reconhecem pecadores, pedem perdão e obedecem a todas as ordens do seu senhor são servos inúteis que não fazem mais do que o seu dever sim, mas o seu senhor escutará as suas súplicas. Ao contrário  dos escribas e fariseus que apropriando-se da chave do reino dos céus, de modo que nem eles entram nem permitem que outros entrem. É necessário que o novo povo mude de atitudes diante da Lei. Pois esta em relação às palavras de Jesus assemelha-se a um remendo de pano novo colocado numa roupa velha, ou ao vinho novo guardado em odres velhos. Jesus, como filho do reino, está livre das obrigações impostas pela lei.

Ele não hesita em repetir e confirmar a lei e o tratamento que lhe dá aqui não tem nada da maneira rabínica; sua antítese é: “Dizia-se” e “Eu vos digo que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento.” Portanto, n’Ele e com Ele todos os que professarem a Sua fé terão a vida salva. Alías, Ele é o Caminho, a Verdade, e a Vida.

Pai das Misericórdias

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