05 Jan 2011

A fé no Ressuscitado deve afastar o medo das comunidades cristãs

Estava se aproximando a noite. E Jesus se encontrava à beira do lago de Genesaré, e manda os discípulos para o outro lado do mar. A multiplicação dos pães poderia ter suscitado esperanças triunfalistas a respeito do Reino de Deus. Jesus afasta os discípulos desse equívoco, despede as multidões e sobe à montanha para orar a sós. A fé no Senhor Ressuscitado ajuda a Igreja a enfrentar as dificuldades existentes nas comunidades cristãs siro-fenícias do século I e o cenário não para por aí, continua nos nossos dias.

O episódio da travessia do mar agitado, com Jesus caminhando sobre as águas, é narrado por Marcos e por João. Mateus acrescenta-lhe o fato de Pedro ousar ir ao encontro do Messias sobre as águas, estabelecendo-se um diálogo entre ambos. Pedro pede a Jesus que vá ao seu encontro. Tem o consentimento e se põe a andar sobre as águas agitadas. Vacilando, sente medo e começa a “afundar”. Na nossa missão evangelizadora, ao atravessarmos um “mar” de adversidades, também sentimos o medo que nos inclina a recuar. Mas Jesus está presente, segura-nos com a mão e estimula nossa fé: “Coragem, sou eu! Por que duvidas?”

Sem Jesus, a barca de Pedro, que representa a Igreja, enfrenta ventos contrários. Nas últimas horas da noite, vendo o Senhor vir até eles, andando sobre o mar, os discípulos gritam de medo, pensando que é um fantasma. “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” A fé no Senhor ressuscitado deverá afastar o medo das comunidades cristãs.

Pedro pede um sinal que confirme a presença do Senhor: “Se és Tu, manda-me ir ao teu encontro”. O Senhor diz: “Vem!” E Pedro caminha sobre as águas, confiando na Palavra de Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, fica com medo e começa a afundar. “Senhor, salva-me! Jesus estende a mão a Pedro, a mim e a você dizendo: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?”

Quando Jesus sobe no barco, o vento cessa e todos, prostrados, reconhecem: “Verdadeiramente, Tu és o Filho de Deus!” Esta profissão de fé, agora purificada pela experiência da noite escura, vinha sendo preparada desde o episódio da multiplicação dos pães.

Nos momentos de desolação, confio na presença do Senhor, mesmo na aparente ausência d’Ele? Na noite escura, o que peço ao Senhor: um milagre ou uma fé maior? Nas tempestades da vida não estamos sós. Deus não nos abandona, mesmo quando nós não sintamos Sua presença.

Senhor Jesus, nas horas de entusiasmo não me deixe esquecer que  o Senhor é a fonte de minha alegria. E, nas horas de tristeza, que eu não perca a fé em Sua presença. Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé. Eu quero arriscar minha vida pelo Reino. Dê-me a força e o Seu poder para que eu possa vencer nas lutas do dia a dia.

Padre Bantu

Pai das Misericórdias

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