03 Jan 2011

A conversão é um requisito da aliança definitiva com Deus

Jesus recebe o batismo e inicia uma nova fase em Sua vida. Deixa a sua cidade de origem, Nazaré, onde morava Sua família, e vai morar em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia.

Após a prisão de João, Jesus volta para a Galileia, abandona sua cidade de origem e parte para Cafarnaum. Mesmo identificado com a pregação do Batista, Cristo orienta Seu ministério para as regiões habitadas com maior ou menor concentração de população. O anúncio da Boa Nova é o da conversão à prática da justiça, com a integração dos excluídos, frágeis, doentes e enfermos.

Durante o Seu ministério na Galileia e por outros lugares acorriam a Ele gentios e judeus. O grande número de doentes e enfermos era a expressão das precárias condições de vida do povo oprimido, com o qual Jesus se relacionava e comungava. Portanto, trata-se de multidões provenientes das regiões exclusivamente gentílicas, vizinhas da Galileia. Fica bem em evidência o caráter universalista do anúncio de Jesus Cristo, visando à libertação de toda opressão e ao favorecimento da vida.

É um convite universal da salvação. Esse convite à conversão constitui a conclusão vital do anúncio feito pelos apóstolos depois de Pentecostes. Nele, o objeto do anúncio fica totalmente explícito: já não é genericamente o “reino”, mas sim a obra mesma de Jesus, integrada no plano divino predito pelos profetas. Ao anúncio do que teve lugar com o Jesus Cristo morto, ressuscitado e vivo na glória do Pai, segue-lhe o premente convite à “conversão”, a que está ligada o perdão dos pecados. Tudo isso aparece claramente no discurso que Pedro pronuncia no pórtico de Salomão: “Deus deu cumprimento deste modo ao que tinha anunciado por boca de todos os profetas: que seu Cristo padeceria. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam apagados” (At 3,18-19). Este perdão dos pecados, no Antigo Testamento, foi prometido por Deus no contexto da “Nova Aliança”, que Ele estabelecerá com Seu povo (cf. Jr 31,31-34). Deus escreverá a lei no coração. Nesta perspectiva, a conversão é um requisito da aliança definitiva com Deus Pai e, ao mesmo tempo, uma atitude permanente daquele que, acolhendo as palavras do anúncio evangélico, passa a formar parte do Reino de Deus em seu dinamismo histórico e escatológico.

Os destinatários da mensagem de Jesus sou eu, é você, somos nós, quando nos abrimos à Palavra, para escutá-la com sinceridade, alcançamos a paz, a salvação, a vida. Cristo continua a revelar-se para nossa divindade, quando fazemos o esforço necessário para nossa conversão.

Pai, torna-me beneficiário do Reino anunciado por Jesus, e dá-me, de novo, a alegria de viver e de empenhar-me pelo advento de um mundo melhor e mais fraterno.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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